E lá fui eu hoje para o Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque em Salvador, onde aconteceu o 1° encontro do Parque da Melhor Idade, organizado pela equipe do Núcleo de Projetos Especiais (NUPES) – Escola Parque, coordenado por Luciene Santos Brandão. No encontro foi trabalhado o tema “Ser Mulher”, fazendo uma referência ao mês da Mulher e como atividade foi realizada uma Oficina de Dança do Ventre para o público feminino idoso. Fui convidada a ministrar essa oficina que com muito carinho realizei e ao final me senti muito satisfeita e contente com o resultado. Levar um pouco de conhecimento da nossa dança para as pessoas da comunidade e sentir como retorno o contentamento, satisfação e alegria de viver das participantes idosas para mim foi muito bom.
Inicialmente foi necessário falar um pouco, contextualizar a dança do ventre na fase da vida idosa, os benefícios que podemos alcançar.
Durante a parte introdutória percebi que tinha a presença masculina, dois senhores estavam no grupo. Inicialmente fiquei na dúvida se estavam lá acompanhando alguém ou só para ver… Não perdi tempo e explanei sobre o homem na dança do ventre, expliquei que não existem limites corporais e todas as restrições são culturais. Eles participaram com muita alegria e para mim foi gratificante, diariamente tenho contato com homens jovens que desejam dançar mas muitos ainda evitam por causa dos preconceitos. Sempre admirei a presença masculina na dança do ventre e lá estava eu com dois senhores idosos, realmente me surpreenderam. Ao final da Oficina um me disse que já completou 80 anos, foi muito gostoso ensinar aquele senhor a fazer batidas laterais, zerinhos no quadril e movimentos de braços, explorando o corpo através da linguagem da dança do ventre apenas pelo prazer de mergulhar na experiência, sem expectativas.
Algumas fotos da galerinha…
São tantos os benefícios que esta prática pode oferecer! Benefícios físicos como estimular todos os sistemas do corpo humano a um melhor funcionamento, estímulos psicológicos e emocionais, influenciando na socialização e formação de laços.
Uma das participantes da oficina, segurou as minhas mãos e agradeceu dizendo que ela sempre achou a dança muito bela mas não imaginava que ela seria capaz, se sentia realizada por ter feito os movimentos e não tem como descrever como é bom ver os olhos de uma pessoa nessa hora, maravilhoso!
A assistente social, coordenadora do NUPES, Luciene Brandão que nas horas vagas estuda a dança do ventre, sabe dos benefícios que esta dança pode promover ao grupo de idosos frequentadores dos projetos da Escola Parque. A realização da oficina foi sua escolha e olha ela lá (na foto abaixo), participando, ensinando e motivando o grupo, senti muito envolvimento e compromisso dela e de toda a equipe. Amei!
Beth Soares 